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Ingressei na Faculdade de Medicina em 1983 com apenas 17 anos. Ao mesmo tempo havia feito vestibular para Engenharia Química na PUC. Cursei durante 6 meses em ambas as faculdades pois fui aprovada nas duas e realmente não sabia qual carreira seguir. Sempre gostei muito de estudar. Aprender. E, portanto, como era boa aluna no ensino médio, gostava amplamente de tudo que era capaz de aprender e absorver. Digo agora para aqueles que são jovens e estão passando por esta fase….não se cobrem tanto, mas também não se cobrem tão pouco… A vida é feita de acertos e erros. E aprendemos talvez mais com os erros do que com acertos. O mais importante é perseverarmos na busca e seguindo nossos ideais.
Bom, como sou de uma família de médicos, acabei ficando na Medicina. Não por uma vocação inicial como muitos têm, mas por um sentido de dar continuidade ao que já foi criado e construído. Mas isso, confesso a todos e me exponho aqui para que entendam que não é o sentido que deve nos guiar. Tranquei a faculdade de Engenharia por 4 anos, tempo máximo permitido. A dúvida permanecia. No ano seguinte, tamanha a insegurança de decidir um futuro com 17 anos, prestei vestibular para Letras. Como coloquei como primeira opção a UFRJ, e acabei passando, surgiu mais uma dúvida….Ao descobrir que se me inscrevesse em Letras na mesma faculdade que cursava Medicina eu acabaria podendo perder minha primeira matrícula, acabei nem fazendo a inscrição. Em resumo, o importante para todos os jovens que possam ler este relato é simplesmente isso: calma. O tempo e sua vocação vão aparecer e é importante que estejam abertos a isso. Bom, segui os 6 anos de Medicina sempre com muitas dúvidas, mas de qualquer forma, gostava muito de aprender e sempre consegui me relacionar muito bem e me doar para pessoas que necessitavam. Mas queria mais, sempre mais. Queria ser diferenciada, não que esta seja uma característica ruim, pelo contrário, é excelente, depende exclusivamente dos motivos que te levam a isso. Eu queria mais para me igualar ou superar meus pais médicos, aí sim, o motivo é equivocado e não dará certo. Pelo menos não desta forma.
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