O tumor de células germinativas é o tipo mais frequente de câncer de testículo, que acomete, principalmente, pessoas jovens. Trata-se, como conta a Dra. Luciana Coura – médica especialista em Oncologia Clínica e em medicina integrativa –, de uma das neoplasias mais prevalentes em pessoas jovens.
Os fatores de risco de câncer de testículo envolvem histórico familiar da doença, bem como criptorquidia, fenômeno que ocorre quando os testículos não descem à bolsa escrotal durante a fase esperada, na primeira infância. Como salienta a Dra. Luciana, esse é um dos motivos para a importância do exame pediátrico do sistema reprodutivo.
O principal sinal de alerta para o câncer de testículo é o aparecimento de um nódulo duro e indolor no testículo. Também devem ser investigadas as alterações no tamanho, textura e forma dos testículos. Por isso, o autoexame dos testículos deve ser incentivado desde cedo. A detecção precoce do tumor propicia chances muito grandes de cura e também perspectiva de tratamentos menos invasivos.
A investigação da doença pode ser realizada através de exames de imagem, e exames laboratoriais (dosagem de marcadores). O tratamento é cirúrgico e pode consistir na retirada parcial ou total do órgão. Segundo o INCA (2022), trata-se de um câncer invasivo que, em contrapartida, responde bem ao tratamento quimioterápico e, por isso, oferece prognóstico bastante positivo quando tratado adequadamente. A depender do estadiamento da doença, o tratamento pode envolver, para além da cirurgia, radioterapia e quimioterapia.