Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Hepatocarcinoma ou Carcinoma hepatocelular é o mais comum dentre os tumores cujo início ocorre no fígado, conhecidos como cânceres hepáticos primários. A Dra. Luciana Coura – médica oncologista e integrativa – nota que, entre os tumores malignos mais frequentes no Brasil, o câncer hepático, de um modo geral, ocupa a 15ª posição.

O hepatocarcinoma quase sempre é uma decorrência da cirrose. Por isso, como alerta a Dra. Luciana, a infecção pelo vírus da hepatite B e o alcoolismo – que são frequentes causas da cirrose – aumentam consideravelmente o risco de desenvolvimento da doença.

Para a detecção precoce da neoplasia, é importante manter em dia os exames de rotina, pois os pacientes afetados por este câncer comumente são assintomáticos por um bom tempo, podendo alguns sintomas aparecer em estágios avançados da doença, como dor abdominal, massa no lado direito do abdômen e perda de peso.

A Dra. Luciana conta que haverá suspeita de hepatocarcinoma se a médica sentir o fígado extremamente aumentado ou, ainda, se um exame de imagem, às vezes feito por outras razões, apontar para massa no hipocôndrio direito do abdome. Então se buscará o diagnóstico pela mensuração da alfa-fetoproteína (AFP) e por um exame de imagem, que pode ser uma tomografia computadorizada, uma ultrassonografia, ou uma ressonância magnética.

O tratamento da neoplasia, como sempre, dependerá do caso em particular, considerando-se o estágio do tumor e a gravidade da doença hepática subjacente. Averiguadas essas condições, a pessoa afetada por hepatocarcinoma poderá, entre outros tratamentos possíveis, ser encaminhada a uma ressecção cirúrgica ou a um transplante de fígado. Outros tratamentos podem ser utilizados como ablação por radiofrequência, quimioembolização transarterial, radioembolização, imunoterapia associada a anti-angiogênicos.