Câncer de Vulva e Vagina

Como explica a Dra. Luciana Coura – especialista em Oncologia e Medicina Integrativa –, câncer de vulva é a neoplasia que se desenvolve na parte externa da genitália atribuída ao sexo biológico feminino, um conjunto de estruturas que incluem os lábios, o clitóris, a glândula de Bartholin e o períneo. O tipo mais prevalente deste câncer – o carcinoma de células escamosas – é de evolução lenta e desenvolve-se na pele que cobre os lábios. Outros tipos, mais raros, também podem se desenvolver nessa região, como melanomas (câncer das células produtoras de pigmento), adenocarcinomas (células glandulares) e carcinomas basocelulares – elencados aqui em ordem decrescente de prevalência. Todos esses casos, relativamente raros em comparação a outros cânceres, são mais frequentes em pessoas idosas, após a menopausa.

A Dra. Luciana salienta que o fator de risco mais importante do câncer de vulva é a infecção persistente pelo HPV – papilomavírus humano. Para além dessa doença, também se destacam como fatores de risco: alterações pré-cancerosas; líquen escleroso; doença granulomatosa crônica; e câncer em regiões próximas (como câncer de vagina, câncer de colo do útero e câncer de ânus). Outros fatores menos específicos também devem ser levados em conta, por exemplo: tabagismo e problemas de imunidade, como aqueles causados pela AIDS ou pelo uso de determinados medicamentos, entre eles, os corticoides.

Os sintomas do câncer de vulva são alterações na pele do órgão, como vermelhidão, saliências e feridas de diferentes características, que não cicatrizam, com ou sem sangramento. O prurido também é um sintoma comum. Como em qualquer outro tipo de câncer, o diagnóstico só é feito através de uma biópsia. O tratamento, como informa a Dra. Luciana, consiste na remoção cirúrgica da área afetada e, possivelmente, dos linfonodos adjacentes. A depender do estadiamento da doença, podem ser prescritos tratamentos radioterápicos e quimioterapia. 

O câncer de vagina, também mais comum em pessoas com mais de 60 anos de idade, é a neoplasia que acomete a parte interna do sistema reprodutor atribuído ao sexo feminino. Assim como no câncer de vulva, o tipo mais prevalente é o carcinoma de células escamosas, o qual se desenvolve na superfície do revestimento da vagina. Mais raramente, também ocorrem adenocarcinomas. 

A doença também está relacionada, em grande parte dos casos, à infeção por HPV e a alterações pré-cancerosas no colo do útero, bem como ao câncer de vulva. Como sintoma, pode ocorrer sangramento vaginal após relação sexual ou em pessoas na pós-menopausa. 

O diagnóstico é feito após a realização de uma biópsia e o tratamento pode envolver cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

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