Câncer de Próstata

A próstata é uma glândula presente em pessoas do sexo biológico masculino, localizada na parte inferior do abdome, abaixo da bexiga e à frente do reto. Ela cumpre a função de produzir um líquido que faz parte do sêmen e que nutre e protege os espermatozoides, além de metabolizar a testosterona e regular o fluxo urinário. O câncer de próstata, portanto, é a neoplasia que atinge essa glândula. A Dra. Luciana Coura – médica especialista em Oncologia e em Medicina Integrativa – observa que o tipo mais comum de tumor prostático é o adenocarcinoma, o qual tem a característica de se originar em tecidos glandulares epiteliais, aqueles responsáveis pelas secreções da glândula.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer, no Brasil, excetuando-se o câncer de pele não melanoma, o câncer de próstata é o mais comumente diagnosticado entre os homens e, considerando ambos os sexos, o segundo mais reconhecido em toda a população. É necessário ponderar, no entanto, que estes dados podem resultar do avanço dos métodos diagnósticos e dos sistemas de informação.

Tal avanço tecnológico, ao longo dos anos, pode também, aliás, levar à percepção de que o câncer de próstata acomete geralmente pessoas de idade avançada. De fato, a doença é geralmente identificada a partir da meia idade e, de acordo com o INCA, 75% dos casos, no mundo todo, ocorrem a partir dos 65 anos. Mas a Dra. Luciana também chama a atenção para outros fatores de risco, tais como: o histórico familiar de câncer de próstata e a obesidade; além de outros fatores menos evidentes, mas que podem ter alguma relação com a neoplasia em questão, como: alimentação rica em gorduras e carnes vermelhas; tabagismo; inflamações na próstata; e infecções sexualmente transmissíveis.

Outro aspecto recorrente da doença, que talvez também resulte no alto volume de diagnósticos a partir da meia idade, é sua lenta evolução e a ausência de sintomas em estágios iniciais da neoplasia. Conforme avança, podem começar a aparecer sintomas como: aumento da frequência urinária; jato urinário fraco ou intermitente; sensação de esvaziamento incompleto; gotejamento; necessidade de urinar à noite; hematúria (sangue na urina). Em estágios ainda mais avançados, também podem ocorrer: perda de peso; cansaço; disfunção erétil; fraqueza ou dormência nas pernas ou nos pés; dor nos ossos de outras regiões do corpo (em casos de disseminação da doença). A Dra. Luciana salienta que, dada a demora no aparecimento dos sintomas e a sua inespecificidade (o fato de eles poderem estar relacionados a outras causas não cancerosas), é recomendável realizar regularmente os exames de rastreamento – tanto o PSA quanto o de toque –, que podem averiguar indícios da neoplasia e, então, apontar a necessidade de outros exames mais conclusivos, como a biópsia transretal com ultrassom e a ressonância magnética.

A Dra. Luciana explica que, assim como para os outros tipos de câncer, também para o de próstata, o tratamento será indicado considerando-se o estágio da doença e a localização do tumor, sendo que, em alguns casos, pode-se postergar a cirurgia e adotar a observação regular da evolução da neoplasia. A cirurgia, por sua vez, podendo ser combinada com radioterapia, é indicada nos casos em que o câncer está restrito à próstata. Quando a doença se disseminou localmente, recomenda-se o tratamento hormonal aliado à cirurgia ou à radioterapia. E, nos casos de evolução metastática, ou seja, quando o tumor avançou para outras partes do corpo, indica-se geralmente a terapia hormonal. A quimioterapia também é utilizada, bem como terapia com rádio-223 e utilização de antagonistas mais modernos de androgênio.

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