Câncer de ovário é a neoplasia que acomete as glândulas sexuais femininas, localizadas na pelve e responsáveis pela produção de óvulos e pela secreção de hormônio. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2022) o câncer de ovário é a segunda neoplasia ginecológica mais comum e, dentre os tipos de câncer que acometem essas glândulas, o câncer de células epiteliais é o mais prevalente.
Como explica a Dra. Luciana Coura – médica especialista em Oncologia e Medicina Integrativa –, os fatores de risco envolvidos no câncer de ovário são o avanço da idade, excesso de gordura corporal, história familiar, fatores genéticos e condições relacionadas ao sistema reprodutivo (como o uso de contraceptivos orais, infertilidade e nuliparidade). Também têm risco aumentado da doença pessoas que tiveram a menarca precoce (antes dos 12 anos) e a menopausa tardia (após os 52).
O câncer de ovário tem sintomas inespecíficos no início de seu desenvolvimento e, como salienta a Dra. Luciana, não é detectável através do exame preventivo ginecológico (Papanicolau), o qual se aplica apenas ao câncer de colo de útero. O avanço do câncer de ovário, no entanto, pode frequentemente causa sintomas, como dor abdominal, edema, problemas gastrointestinais e urgência urinária.
Assim como em outras neoplasias, a detecção precoce aumenta significativamente o prognóstico do tratamento. Ela pode ser feita através de exames clínicos, laboratoriais e de imagem, como ultrassonografia transvaginal, tomografia, ressonância magnética.
O tratamento pode ser cirúrgico e envolver quimioterapia, hormonioterapia e terapia-alvo, a depender do estágio de avanço da doença e das particularidades de cada caso.