O câncer de ânus pode se desenvolver na parte interna ou na superfície externa do órgão. Como relata a Dra. Luciana Coura – médica oncologista e integrativa – o tipo mais frequente é o carcinoma epidermoide, isto é, o câncer de células escamosas.
Os fatores de risco para a doença envolvem, dentre outros menos específicos, infecções ou condições associadas ao órgão, como a infecção por HPV e outras doenças sexualmente transmissíveis (gonorreia, herpes genital, clamídia, etc.). Também têm mais probabilidade de desenvolver a doença pessoas com fístulas crônicas – ligação entre o canal anal e a pele ao redor do ânus –, vulnerabilidade imunológica (imunosuprimidos), irritação crônica do ânus. A Dra. Luciana também destaca o tabagismo e a prática de sexo anal como outros fatores de risco para a doença, além de chamar a atenção para a necessidade de manutenção cuidadosa da higiene.
O principal sintoma do câncer de ânus é o sangramento. Para além deste, pode haver dor e sensação de evacuação incompleta. Em alguns casos, o tumor pode ser palpado no exame físico. Como alerta a Dra. Luciana, alterações persistentes e não explicáveis nos hábitos intestinais ou presença de sangue nas fezes devem ser investigadas com atenção. Para realizar o diagnóstico, a médica poderá requisitar exames laboratoriais, endoscópicos (colonoscopia) e de imagem.
Como em qualquer caso de neoplasia, o diagnóstico precoce aumenta significativamente a chance de cura e a qualidade de vida do/a/e paciente. O tratamento dependerá do estágio da doença e das particularidades de cada caso, podendo envolver cirurgia, quimioterapia e radioterapia.