Hormonioterapia é o tratamento que visa a inibir o desenvolvimento de cânceres que estão ligados aos hormônios sexuais, como o câncer de próstata, mama e endométrio.
Como explica a Dra. Luciana Coura – médica especialista em Oncologia e em Medicina Integrativa –, os hormônios sexuais são produzidos nos ovários, testículos e glândulas adrenais, para atuar em características sexuais, no crescimento e na reprodução. Os hormônios sexuais atribuídos ao sexo feminino são o estrógeno e a progesterona, enquanto o hormônio atribuído ao sexo masculino é a testosterona.
Esses hormônios e os modos pelos quais atuam no organismo podem representar fatores de risco para determinados tipos de câncer. Nesse sentido, a menarca precoce e a menopausa tardia aumentam o risco de neoplasia de mama, assim como a síndrome dos ovários policísticos (a qual aumenta o estrogênio no organismo). No caso do câncer de próstata, os fatores de risco relacionados à testosterona não são claros, embora a atuação da testosterona no mecanismo do câncer seja evidente.
Quando um câncer relacionado a hormônios sexuais se desenvolve, este pode ser dependente da circulação dessas substâncias no organismo. Sendo assim, pode-se optar pela hormonioterapia como parte do tratamento, o qual pode ser realizado pela redução ou retirada do hormônio do organismo ou pela administração de uma substância com efeito contrário ao do hormônio em questão. É importante saber que a terapia hormonal funciona de maneira sistêmica, atuando no organismo como um todo através da corrente sanguínea.