O reto é uma das partes que compõem o trato digestivo, uma estrutura tubular oca que conecta o intestino grosso ao ânus. E, como explica a Dra. Luciana Coura, nesta estrutura, bem como em outras porções do sistema gastrointestinal, pode haver o desenvolvimento de câncer. O tipo de tumor mais frequente neste órgão é o adenocarcinoma.
Assim como o câncer de cólon (intestino grosso), o câncer que acomete o reto costuma ter desenvolvimento lento e pode ser assintomático por bastante tempo. No entanto, é importante atentar para alguns sinais, que devem ser investigados. São eles dor abdominal ou ao evacuar, presença de sangue nas fezes, diarreia, prisão de ventre e perda de peso sem razão aparente.
O rastreamento da neoplasia de reto é feito através da colonoscopia e do exame de sangue oculto nas fezes. Para além do histórico familiar e de doenças intestinais que configuram fator de risco para o câncer de reto, é importante notar que uma alimentação pobre em fibras e rica em carnes vermelhas e processadas favorece o desenvolvimento da neoplasia. Também são fatores de risco o tabagismo, o sedentarismo e o excesso de gordura corporal.
O tratamento se realiza através da remoção cirúrgica da área afetada, bem como, a depender do estágio da doença e das particularidades de cada caso, quimioterapia e radioterapia.