O colo do útero é a parte inferior deste órgão, que o conecta com a vagina. O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, Segundo o Instituto Nacional de Câncer, no Brasil, excetuando-se o câncer de pele não melanoma, trata-se do terceiro câncer mais frequente na população e a quarta causa de morte por câncer nesta população.
Como explica a Dra. Luciana Coura – médica oncologista e integrativa –, o colo do útero está exposto a infecções, já que se localiza entre os órgãos internos e externos. E o câncer de colo do útero é causado, na maioria dos casos, pela persistência de uma infecção por papilomavírus humano, o HPV, particularmente pelos tipos chamados oncogênicos, os quais podem promover alterações celulares que eventualmente evoluem para o câncer.
A Dra. Luciana salienta que, sendo o HPV sexualmente transmissível e muito frequente na população, o uso de preservativos é recomendado inclusive como prevenção a este tipo de câncer. No mesmo sentido, são de extrema importância a vacinação contra o HPV.
A realização periódica do exame preventivo – conhecido como Papanicolau – é muito importante, tendo em vista que o exame identifica a presença do vírus e de lesões pré-cancerosas, que, descobertas a tempo, quase sempre vêm a ser curadas. A Dra. Luciana observa também que, além da regularidade do exame preventivo, é importante prestar atenção em possíveis sintomas, como o sangramento vaginal após relação sexual. Verificado o sintoma, a pessoa deve buscar atendimento médico para realizar os exames necessários ao diagnóstico da doença, que possivelmente envolverão biópsia.
O tratamento dependerá do estágio da doença: ressecção cirúrgica, quimioterapia,radioterapia, braquiterapia, agentes anti-angiogênicos, imunoterapia. Cada uma delas isoladamente ou em combinação podem ser utilizadas e, como sempre, a importância da equipe multidisciplinar na condução da escolha terapêutica. Além de todas as outras terapias complementares já citadas.